Cajazeiras deve
muito a Pedro Lins de Oliveira pelo seu pro- fícuo trabalho histórico na sua obra "Retalhos de Vidas" (1986), em que ele narra seus quinze anos em Cajazeiras (ver o próximo post), mas para o
bem do futuro é necessário algumas cor- reções em relação à biografia de Júlio Marques do Nascimento:
Ele registra: “Elegeu-se
vereador pela primeira vez em 1928”. Não posso confirmar por não dispor
deste dado.
Continuando: “Com a mudança do regime somente voltou a
disputar outra vere- ança, elegendo-se
sucessivamente por duas ou três vezes, nas décadas de cinquenta e ses- senta, pela legenda do velho PSD, do Senador Ruy Carneiro, de cujo Diretório Municipal foi
fundador.” Aqui há er- ros crassos. Em 1947 Júlio Marques do Nascimento não
foi candidato. Elegeu-se inicialmente pela UDN, nas legislaturas de 1951 e 1955,
na seguinte, em 1959 é que foi eleito pelo PSD, mas sua votação foi esquálida,
ficando no último lugar com 206 votos.
Não mais
conseguiu voltar à edilidade cajazeirense. Em 1963 foi sua última tentativa,
mas em 11 vagas cravou o 15º lugar com apenas 172 sufrágios, também pelo PSD. Júlio
também não ousou lograr a presidência, a única tentativa ele foi derrotado pelo
colega Donato Braga.
Outro fato
inusitado da vida política de Cajazeiras foi a eleição de Dr. Waldemar Pires
Ferreira, médico, figura estimadíssima e conhecido pelas suas excentricidades (foto). O
candidato a prefeito era um “nobre”, figura simpática e calma, Antonio Cartaxo Rolim,
muito conhecido como Antonio Rolim Careca, concorreu e venceu a eleição contra
Acácio Rolim Braga, perdedor contumaz. Usando de uma artimanha lançaram a
candidatura de Dr. Waldemar que assim engordaria a legenda partidária, o que de
fato aconteceu.
Dr. Waldemar
teve uma votação estratosférica garantindo êxito dos articuladores da ideia. Só
que Dr. Waldemar jamais foi tomar posse e, pela sua ausência, o juiz empossou
Júlio Marques.
Outra possível
correção é o relato de cursos para costureiras, que, segundo Pedro Lins, eram
cerca de 180 alunas. O possível que falo anteriormente é que consultando Chico
Rolim, comerciante e o à época o maior vendedor de máquinas de costuras, ele
não se lembra deste fato, além de que ele tinha 107 costureiras que ele
fornecia o tecido para eles devolvem peças de vestuário prontas em troca,
claro, de uma remuneração pecuniária. Ora com todo este envolvimento Chico
Rolim simplesmente declara não ter a
mínima lembrança.
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